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Injecções de compensação
A escavação de túneis no subsolo é inevitavelmente acompanhada de assentamentos na superfície, com um perfil em forma de curva de Gauss, pudendo provocar danos importantes.
O princípio das injeções de compensação é evitar a descompressão do solo relacionada com o assentamento, injectando quantidades de calda dosificadas com precisão entre o túnel e as obras que é necessário proteger.
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Campo de aplicação
As injeções de compensação podem aplicar-se cada vez que a obra de um túnel corre o risco de provar deformações numa estrutura sensível. Isto afeta todas as técnicas de furação (tuneladora, NATM, etc.).
Desde o ponto de vista geotécnico deve existir na camada de solo situada entre o tecto do túnel e a superfície, uma espessura mínima de nível injectável, que permita situar as injeções de compensação.
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Técnicas utilizadas
São realizadas numa primeira fase injecções de pré-acondicionamento antes da passagem do túnel para compactar o terreno em redor das perfurações de injeção.
As injeções de compensação devem ser perfeitamente controladas, uma vez que se trata de instalar pequenas quantidades de calda, a baixa pressão e caudal.
SPICE, a aplicação informática para as injecções da Soletanche Bachy, é um sistema especificamente adaptado a esta técnica.
Por outro lado, é indispensável prever uma instrumentação completa de toda a envolvente e implantação do túnel, para monitorizar a intervalos regulares, as deformações do solo e das estruturas que devem ser protegidas: o sistema de monitorização automática GEOSCOPE, desenvolvido pela Soldata-Sixense, pode acoplar-se à aplicação SPICE para assegurar o controlo desde a central de injecção.
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Factores chave
- A medição precisa das quantidades injectadas;
- A perfeita sincronização da injecção e da escavação: a injecção, deve preceder o assentamento antecipado;
- O controlo preciso em tempo real da injeção de calda, assim como das deformações do solo e das estruturas;
- O método não é eficaz em argilas brandas (o efeito da compensação não é duradouro);
- As estruturas fundadas em estacas são à priori muito mais difíceis de proteger mediante a compensação. Esta técnica enquadra-se perfeitamente no método observacional: as injecções de compensação podem constituir o principal elemento do programa de medidas de urgência, que permita proteger as estruturas circundantes durante a passagem do túnel.